SÁB | 21:30
“Há quem pense que a arte conversa com o presente. Há quem esteja convencido
de que é ao futuro que a arte endereça a longa carta. Que completo engano! A arte é um altar levantado aos mortos. Acreditem: está tudo aí. Todos os poemas são elegias, mesmo se clandestinas. Todos os relatos, literários ou filosóficos, são orações fúnebres. Todas as imagens são flores para arder junto de um túmulo, ainda que vazio. Este disco, The poet’s death, o que é? É um disco pop, claro. Mas é um livro de preces; um ritual a ser praticado dentro da floresta; o registo de uma estrela que atravessou, sem que ninguém visse, o céu em vertigem; o apelo sedento dos amantes no escuro. É um disco pop, claro. E não é só isso.
É um manifesto político sobre a natureza da arte. É uma declaração de amor interminável. Mazgani é o grande cantor da sua geração. Quem ainda não o descobriu tem agora a oportunidade.” São palavras de José Tolentino Mendonça sobre Mazgani, que apresenta o seu novo disco na Casa da Cultura de Ílhavo. O novo disco foi co-produzido pelo músico e por Peixe (Ornatos Violeta), que também contribuiu na gravação de guitarras e teclas. Em estúdio, ainda contou com Victor Coimbra no baixo e Isaac Achega na bateria, que o acompanham neste espetáculo.
voz e guitarra Mazgani
guitarra Peixe
baixo e contrabaixo Vitor Coimbra
bateria Isaac Achega