Nasci, cresci, esperei e morri. Acordo num sítio novo, que não é novo nem é sítio. E dou por mim à espera eternamente por algo ou talvez nada, alheia à vida, e esta a ser totalmente estranha para mim, pois não me pertence. E assim perdi-me entre o passado, o presente e o futuro, sem nunca me aperceber do porquê desta relação estranha com o Tempo, mas o tempo não existe. O tempo e o Homem nunca se deram bem, o tempo é a fraqueza do Homem tal como as memórias que enterra, essas que o acompanham sempre na sua bagagem, esteja o Homem de chegada ou de partida. Ação e reação, causa e efeito, escolha e consequências são fruto das nossas reações, os 10% que estão fora do nosso controlo. Uma viagem ambígua, paradoxal e irónica, onde a paródia é uma autobiografia expressada através da exaltação dos sentidos.