0 texto fala da morte que chegou a Elsinore e da alma agitada de Hamlet. É uma história de fantasmas que falam e influenciam a existência quotidiana de todos os que ali habitam. É uma narrativa biográfica da vingança que tornara o jovem Hamlet prisioneiro de obsessão atormentada. A salvação está na sua extinção e tudo vai acabar quer com a sua morte, quer de um mundo incapaz de se transformar.
Espetáculo de abertura do Festival de Teatro do Município Ílhavo
Abordamos Hamlet como um texto religioso e testemunho de lugares estrangeiros. Ali procuramos ajuda para os enigmas do viver e auxílio para modificar o que vemos acontecer em nós. Dentro e fora de cada um. Ser atingido par estes testemunhos e possuir uma máquina de espreitar para o nosso interior. É essa talvez a razão porque escolhemos fazer Hamlet, porque acreditamos nas artes como um sistema de resistência contra a destruição da alma que é o que nos preserva enquanto natureza, animal e humano. Sabemos que a palavra alma, essa força indistinta e intemporal, está fora de moda e o seu significado soa confuso, incompreensível para muitos e para nós de certo modo tambem.
0 texto fala da morte que chegou a Elsinore e da alma agitada de Hamlet. É uma história de fantasmas que falam e influenciam a existência quotidiana de todos os que ali habitam. É uma narrativa biográfica da vingança que tornara o jovem Hamlet prisioneiro de obsessão atormentada. A salvação está na sua extinção e tudo vai acabar quer com a sua morte, quer de um mundo incapaz de se transformar.
Os nossos trabalhos procuram interrogar-se sobre si mesmos e sobre a relação das artes e dos artistas com o mundo em que vivemos. Abrimos o Hamlet, dividimo-lo em dois e entregamo-lo à responsabilidade de dois atores em que cada um toca na sua subjetividade filosófica. Cinco atores trazem à cena o Príncipe da Dinamarca, as suas sombras, os seus fantasmas, transportando a incerteza sobre a vida humana e a nossa desumanidade. Hamlet é mais um obcecado que dá cabo desta coisa toda.
Texto: William Shakespeare
Direção, tradução e montagem de textos, desenho de luz: João Garcia Miguel
Atores: Sara Ribeiro, Frederico Barata, Rita Barbita, Pedro J Ribeiro, Antonio Pedro Lima
Assistente de direção e apoio à tradução: Sérgio Coragem
Figurinos: Ana Luena
Desenho de luz: Luís Bombico
Direção de som: Manuel Chambel
Fotografias de ensaio e design gráfico: Tyrone Ormsby
Comunicação: Pedro Caetano
Direção de produção: Raquel Matos
Coprodução: Centro Cultural de Ílhavo, Teatro Cine Torres Vedras e Centro Cultural Vila Flor
Apoio: Rui Viola Productions, Caldeirada Alternativa - Espaço de Criação Artística
A Companhia João Garcia Miguel é uma estrutura financiada por: Governo De Portugal; Secretário De Estado Da Cultura; Direção Geral Das Artes