Com este documentário pretende-se retratar, não o poeta e pintor Mário Cesariny, mas sim a sua vida, o seu percurso e a sua individualidade. Como espaço de acção privilegiou-se o seu quarto, por ser este actualmente a base da sua criação e da sua intimidade. É aqui que reside tudo o que não se perdeu.Sendo este um trabalho que vive sobretudo das questões colocadas (ausentes) e das respectivas respostas, optou-se por assumir como fio condutor um dos seus poemas - "Autografia" - que servirá de mote, através da sua análise para as questões intencionadas, de modo a que o filme assuma um carácter intimista, estabelecendo-se um diálogo entre quem o vê e quem é retratado. Neste documentário / registo existem vários planos: o de análise do poema; o das respostas; o do seu trabalho (exposto na sua intimidade) e o da nossa própria interpretação; uma espécie de respigar / reciclar de citações e de conteúdos que acabam por nos permitir uma apropriação de Mário Cesariny.
Vencedor do Prémio de Melhor Documentário Português no DocLisboa 2004, o filme é um retrato, um mergulho na vida, no percurso e na obra do poeta e pintor Mário Cesariny. Pergunta a pergunta (ausentes, no entanto), e a partir de um dos seus poemas, "Autografia", Cesariny desvenda-se na intimidade do seu quarto e em locais de eleição .