D’ALVA

Estar em palco como quem, mais do que quer dar um concerto, se propõe ser anfitrião de uma festa à maneira bem antiga das “festas de bloco” nova-iorquinas, mas com uma atitude punk rock, ritmada a 808′s, com o suor africano, o balanço brasileiro, e sem esquecer alguma sensibilidade pop bem portuguesa, num auge que se procura, numa entrega que se renova diariamente. Tem sido essa a regra que Alex D’Alva Teixeira e Ben Monteiro assumem desde o início que colaboram juntos, desde os primeiros registos sob o nome “Alex D’Alva Teixeira” (AD’AT).
“3 tempos” pôs Portugal a dançar e a fazer perguntas. “O que é isto?” Entre etiquetas e comparações possíveis, o nome AD’AT firmou-se, com a edição no verão de 2012, de “Não é um projeto” (EP – Flôr Caveira), que integrava e precedia um disco que não quis sair.
Passado um ano “Homologação” surge como a canção que faz a ponte para o disco que aí vem. Disco esse que mudou, pois o universo “D’ΛLVΛ” também mudou. O que era só um “preto da Moita” agora assume-se como um coletivo, um organismo em torno deste “D’ΛLVΛ”, deste “todo maior que a soma das suas partes”. Ben Monteiro (que até aqui assume o papel da produção) junta-se com Vitor H. Azevedo (ex-Iconoclasts) e assumem parte integrante do agora coletivo ao vivo em torno do universo “D’ΛLVΛ”. Gonçalo de Almeida (Tiago Guillul) e Ricardo Ramos (ex-Iconoclasts) juntam-se também, num processo “natural, que veio também deixar uma marca indelével nas canções que aí vêm”.