Lento, pesado e militante. Em “Pelo Meu Relógio São Horas de Matar”, o novo álbum dos Mão Morta, editado no final de maio, convivem pelo menos duas vocações, omnipresentes ao longo da carreira, duradoura e influente, da banda de Braga: o realismo duro com que se pinta, a cores escuras, o Portugal contemporâneo, e a catarse a que canções de rock opressivo e selvagem invariavelmente convidam.