O que há nele é sobretudo música. Roger é um dos heterónimos do ilhavense Rui Santos. Já nasceu numa casa cheia de discos, por isso daí a ter a pista como ópio foi um passo de dança. Se Rui S. é o seu Campos eletrónico, Roger é o seu Bernardo Soares, que há desassossego que baste no rock, funk, soul e disco com que agita os espaços em que se reinventa há mais de duas décadas. É um guardador de gigantes: Joy Division, Creedence Clearwater Revival, Beatles, Pink Floyd, Genesis, trá-los a todos consigo. Foi DJ residente em dois dos espaços mais influentes da noite aveirense dos anos 90 e início dos anos 2000, as discotecas Moonlight e Quebramar. Em qualquer um dos seus eus na cabine, a ode é sempre ao mesmo: à música. Viver não é necessário. O que é necessário é dançar.
Na última atuação do primeiro dia de Rádio Faneca, voltamos ao "picadeiro" e só faltam os tremoços e as pevides: os clássicos estão lá.