SÁB | 22:30
O seu nome é Lucas e vive no piso da efervescência cada vez mais evidente da música brasileira. Castello Branco cresceu num mosteiro, em Teresópolis, no Rio de Janeiro. As suas “mães” ensinaram-lhe o que era o amor e a necessidade de ser honesto nas questões que colocava a si mesmo e ao mundo. E é possível ouvi-lo nas suas músicas, de paciência e generosidade evidentes, como se palavras e acordes se aconchegassem como uma rede de descanso com a robustez de uma fortaleza.
Castello Branco começou a mostrar “Serviço” em 2014, disco em que assinou um conjunto de canções em que partiu dos ensinamentos da música tradicional brasileira para obter algo seu, com um olhar espiritual e curioso sobre o mundo. Quatro anos depois chega “Sintoma”, um sinal de que Lucas começou a sofrer de “Ufolclore”, é ele que o diz, numa patologia que apresenta arranjos delicados e frequência meditativas. “Sintoma” tem onze faixas que incluem parcerias com Tomás Tróia e Lôu Caldeira e duetos com Filipe Catto, Mãeana e Verónica Bonfim. Vai a análise no dia 28 de abril, na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré, com prognóstico muito pouco reservado.
violão e voz Castello Branco
baixo e teclado Thiago Barros
flauta e voz Ico dos Anjos