DOM | 21:30
“Uma ilha não tem necessariamente que significar isolamento. Uma ilha pode receber a toda a volta. Abrem-se portos de chegada em todas as direcções. Expande-se e incorpora-se a ideia de amplitude e a noção de que não existe somente à frente dos olhos. Existe de Norte a Sul, de Este a Oeste e nos espaços entre estes pontos cardeais. Aprende-se a ouvir, a ver sem olhar. Não se acomoda, não se fecha. Está-se ali, com o Mundo todo à volta, atento. Tudo o que chega, de onde vem, e tudo o que parte, para onde vai. E é desta troca que se constrói. Não o novo, mas o diferente. E a novidade também pode ser só isso mesmo; uma forma diferente de receber e misturar. É isso que se pretende neste espectáculo onde um concerto dos PAUS não é só um concerto um concerto dos PAUS, mas sim um pretexto para se colocar em causa, se deixar invadir, intervir. E é aqui que entra a a PIA, uma plataforma de carácter multidisciplinar direcionada para as artes performativas que se propõe a intervir, seja no espaço público, seja no contexto para o qual nos remete este texto. O que se deseja não é que estas duas entidades deixem de ter a sua identidade, mas que se deixem tocar, mexer, mudar, experimentar.”