Hélder Bruno regressa aos palcos com o espetáculo “Presença, serena e terna”, acompanhado pelo quarteto de cordas ConcentusPerTempora Ensemble, para o qual compôs e orquestrou especificamente para este concerto. Contará ainda com a voz de Carla Bernardino (soprano) e com a projeção de fotografias de Lieve Tobback. Uma música intimista, pura, verdadeira, num espetáculo que explora a simplicidade das emoções, dos afetos e dos sentimentos.
Hélder Bruno está de regresso aos espetáculos. O músico (compositor e pianista) suspendeu a sua atividade artística para abraçar outros projetos ligados à sua atividade académica e científica. É, atualmente, vereador da Câmara Municipal da Lousã. Nos últimos doze anos, Hélder Bruno dedicou-se à etnomusicologia. Enquanto investigador do INETmd e do CEJ-UA realizou algumas conferências (nacionais e internacionais), publicou artigos e livros (científicos e generalistas) dos quais se destaca Jazz em Portugal, 1920-1956 (Almedina, 2006); foi professor no ensino superior, empreendedor, consultor (para o setor das artes e da cultura, do turismo, das indústrias criativas e da economia criativa). Apesar destas incursões, que por opção o afastaram dos palcos, nunca deixou de compor. Hélder Bruno regressa agora com o espetáculo “Presença, serena e terna” para apresentar algumas das suas peças. Será acompanhado pelo ConcentusPerTempora Ensemble para o qual compôs e orquestrou especificamente para este espetáculo. Este espetáculo contará ainda com a voz de Carla Bernardino (soprano) e com a projeção de fotografias de Lieve Tobback. Uma música intimista, pura, verdadeira, num espetáculo que explora a simplicidade das emoções, dos afetos e dos sentimentos.
O quarteto de cordas ConcentusPerTempora Ensemble surge como resultado da procura incessante de difundir variados períodos e estéticas musicais. Tem como base a progressiva evolução e orientação estilística do Brahma Ensemble que vinha, desde 2000, a realizar performances com obras dos períodos Barroco, Clássico e Contemporâneo, mas também da música ligeira, do pop e do rock. Atuou em salas consagradas como o Salão Árabe do Palácio da Bolsa no Porto ou o Convento de São Bento da Vitória (Porto) entre inúmeras salas de museus do centro e norte de Portugal. Fora da música erudita, o quarteto desenhou novas orientações estilísticas através das mais diversas fusões. Como exemplo, o Brahma Ensemble foi o primeiro quarteto de cordas a integrar o Fado de Coimbra no verão de 2002 (ao lado de grandes nomes como Luís Goes no canto e Paulo Soares na guitarra portuguesa), abrindo assim novos caminhos nessa dialética. A constante procura de rigor nas interpretações historicamente informadas leva a que os músicos do ConcentusPerTempora Ensemble estejam em permanente estudo e formação. Simultaneamente, a perseverante intensão de prender o público, tem vindo a desenvolver cada apresentação consoante o seu género através da amálgama das mais diversas manifestações artísticas, como a dança, o cinema, a pintura, o teatro.
Carla Bernardino iniciou os estudos em Canto Lírico, no Conservatório de Música de Coimbra com a professora Maria Helena Melo e Faro, concluindo o curso na classe da professora Maria José Nogueira. Licenciada em Direito, concluiu uma Pós-graduação em Ópera, na Escola de Música de Artes e Espectáculos do Porto, onde, actualmente, tira o Mestrado em Canto na variante “Interpretação Artística”, sob a orientação do professor António Salgado. Integra o grupo PRESTIGE (música erudita) e colabora regularmente com a Orquestra Clássica do Centro e com o pianista Tiago Nunes. Trabalhou com os encenadores António Durães, João Henriques, Sara Erlingsdotter e Peter Konwitscnhy. Interpretou os papéis de “La princesse” e “L’ecurreil” na Ópera LES ENFANT ET LES SORTILEGES, “Soeur Cosntance” em LES DIALOGUES DES CARMELITES, entre outros. Participou no Encontro Portugal-Coreia do Sul, como cantora destaque do evento, na Coreia do Sul. Foi Finalista no IV Concurso Nacional de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa e do Prémio Jovens Músicos 2012. Integrou ainda o primeiro projecto piloto “Meeting Place Music, Theatre and Landscape” na Suécia. Para além da atividade artística é professora de Técnica Vocal na Escola de Artes e Espectáculos do CAE, na Figueira da Foz, e no Instituto de Música Moderna e Artes (IMMA) da Lousã. Assume ainda o papel de directora da Escola de Música de Semide, como projecto de música social.
Lieve Tobback é natural da Bélgica e está a viver em Portugal desde 1993. É fotógrafa autodidacta. A arte sempre fez parte da sua vida. Depois do desenho, da pintura e da música encontrou na fotografia a sua linguagem artística. Através da sua fotografia partilha como vê e sente o mundo que a rodeia. Faz sessões de famílias e crianças com luz natural. Capta momentos e instantes com naturalidade e de maneira divertida. Quando fotografa uma família, o cenário faz parte da história a contar. Não fotografa em estúdio mas no local onde as pessoas se sintam bem. É fotógrafa de parto. Sendo doula desde 2007, tem os conhecimentos da fisionomia e fisiologia do parto e o à-vontade em todo o processo, assegurando assim o ambiente de paz, amor e concentração de que a mulher em trabalho de parto necessita. Foi a organizadora do primeiro workshop de Fotografia de Parto em Portugal e escreveu o primeiro Manual de Fotografia de Parto. Fotografou Ala dos Namorados, Aline Frazão, Estas Tonné, Susana Travassos, Pierre Aderne, Emmy Curl, Couple Coffee, Jorge Palma, Realejo, Pensão Flor, Azeitonas, Aurea e Pedro Abrunhosa. Foi a fotógrafa da peça clown "Com Amor, Papel Manteiga e Marcador"de Susana Cecílio (Lisboa). Fotografou o musical “Wojtyla” no Coliseu do Porto, o musical “ContraCanto” na Casa das Artes em Miranda do Corvo e fez a reportagem do lançamento do “Belivro” de Andresa Salgueiro no ME108 em Lisboa.
Memória Descritiva do Espectáculo
“A Presença, serena e terna” música (para soprano, quarteto de cordas e piano) e imagem (fotografia)
“A Presença, serena e terna” é o nome do espetáculo com música original de Hélder Bruno, composta e orquestrada para piano, quarteto de cordas e soprano e que conta com a projeção de fotografias específicas (para este espetáculo e para cada uma das peças) e exclusivas de Lieve Tobback. O modo de vida atual retira-nos a capacidade de estarmos e de nos sentirmos presentes. Conscientes da nossa dimensão humana. O ruído do quotidiano invade as nossas existências e retira-nos a capacidade de sentir. Sentir, verdadeiramente. Sentir, a sério. Este espetáculo tem essa pretensão: a de criar um canal de religação com esses (cada vez menos e menores) redutos de humanismo e de “humanidade”. A música e a imagem especifica para cada uma das peças permitirá estabelecer essa (re)ligação com “A Presença, serena e terna”. A verdadeira presença. Em que no presente – ali e agora - se consubstancia a eternidade. O ruído é abafado. De forma simples e sem magia. A serenidade e a ternura transmitem o conforto que se alcança em momentos de simplicidade, de entrega desinteressada e grata ao momento. É este o estádio da verdadeira existência, da existência sublime. Às vezes, na maioria das vezes... na esmagadora maioria das vezes... só precisamos de estar atentos ao que de mais simples existe em redor, mas temos a particularidade de desvalorizar o (que julgamos) óbvio.... Ou julgar que o que é óbvio nunca pode ser solução. Procuramos obcessivamente a originalidade, a criativa descoberta, a sublime inovação... obcessivamente e sempre longe de nós... E, na maior parte das vezes, a solução mais original, mais criativa, mais inovadora, está mais perto do que julgamos... Falta-nos a correcta perspetiva, a atenção adequada, o sentido de presença, a serenidade, alguma ternura, que são essenciais no modo e na forma com que fazemos o que quer que façamos. Tudo isto é tão simples! Tal como a música, pura e verdaderia, que poderá escutar em “A Presença, serena e terna”.
FICHA TÉCNICA
Conceção e Direção Artística e Musical: Hélder Bruno
Intérpretes: Hélder Bruno (piano e composição), Carla Bernardino (soprano), Jacinto Neve (violino), Miguel Barata Gonçalves (violino), Rogério Monteiro (viola d’arco), Miguel Matias (violoncelo), Lieve Tobback (fotografia)
Técnica: Miguel Sêco/Studio 341 (engenheiro de som), Filipe Ferreira/Moving Work (iluminação, som e imagem)
Produção Executiva: Sofia Redes Martins/Cherry Blossom – Art & Culture Business Consulting