Há cem anos atrás, o mundo estava em guerra. Uma guerra sem precedentes até então: a “Guerra das Guerras”.
Portugal não foi excepção… O receio de perder as colónias para o Império Alemão, como forma de pagamento da dívida, o vínculo com Inglaterra, a apreensão das embarcações alemãs que se encontravam em portos nacionais, mas, sobretudo a vulnerabilidade causada pela instabilidade política, económica, financeira e social que então se verificava, num contexto republicano recente e conturbado, foram as principais razões que levaram Portugal à guerra.
Ílhavo e os Ílhavos também a sentiram…com a censura na correspondência e jornais locais, com a organização de bandos precatórios para ajudar as famílias dos combatentes, com a criação da sopa dos pobres para fazer face à fome e à escassez de alimentos, com inspeções militares regulares, mas, principalmente, com o sentimento de revolta e tristeza por ver os filhos da terra partirem.
Foram 240 militares ilhavenses para a Grande Guerra, 207 de S. Salvador (86%) e 33 da Gafanha “da Nazaré”(14 %). Destes militares, 219 pertenciam ao Exército, 19 à Marinha de Guerra e 2 a ambos os ramos.
18 foram as vítimas mortais, sendo que 10 eram militares e 8 civis (da Marinha Mercante) que, não tendo sido ativos em combate, foram vítimas desta guerra.
A exposição “Os Ílhavos na Grande Guerra” é uma homenagem para todos os que combateram, morreram e sofreram com a “Guerra das Guerras”!
Organização: Câmara Municipal de Ílhavo/Centro de Documentação de Ílhavo
Para visitas de grupo, contactar o 234 329686 ou cdi@cm-ilhavo.pt