Nesta performance multimédia, inspirada na tradição do teatro de sombras indonésio conhecido como Wayang Kulit, as personagens são representadas por silhuetas articuladas, manipuladas em cima de uma base retroiluminada. A cenografia utiliza como recurso principal a manipulação de areia sobre esta superfície, criando desenhos e texturas que sugerem espaços e ambientes visuais. As cenas resultantes são captadas em vídeo, tratadas informaticamente, sendo depois projetadas numa tela.
Segundo a mitologia grega, depois de Zeus ter criado os seres terrestres, coube a Prometeu e seu irmão Epimeteu a obrigação de atribuir a cada animal dons e aptidões naturais variados: alguns recebem asas, outros patas velozes, garras afiadas, carapaças protetoras ... Quando chegou a vez do Homem, que deveria ser superior aos restantes animais, Epimeteu esgotara já todos os recursos. O irmão Prometeu vai então roubar o fogo, que só os deuses detinham.
Ficha técnica e artística
Encenação e Interpretação: Marcelo Lafontana
Dramaturgia: José Coutinhas
Musical original: José Alberto Gomes
Espaço cénico: Sílvia Fagundes
Desenho de personagens: Luís da Silva
Sistema multimédia: Luís Grifu
Direção técnica: Pedro Cardoso
Fotografia de cena: J. Pedro Martins
Captação de vídeo: Paulo Agra
Coprodução: LFA, Casa da Música, Festival de Curtas Metragens
Apoio: Câmara Municipal de Vila do Conde, DGARTES - Secretaria de Estado da Cultura - Governo de Portugal, Universidade de Évora
Espetáculo integrado na IV Mostra de Robertos e Marionetas.