Lula Pena, cantora, guitarrista, compositora e intérprete portuguesa, estreou há menos de um mês o novo disco “Archivo Pittoresco”, lançado internacionalmente pela editora belga Crammed Discs. Lula é cada vez mais um tesouro partilhado de todos os lusófonos de coração, fruto da sua fascinante abordagem à canção popular global, radicada numa expressão artística singular que entretece tantas tradições de música, som e poesia. Nas suas palavras, diz que procura uma “tradição à escala universal. Em cada esquina está uma presença divina que nos permite chegar a essa escala”.
Nos doze anos entre o primeiro e segundo álbuns a pergunta mais recorrente quando se pensou, e inequivocamente tal foi o caso, em Lula Pena, foi por onde parava e porque é que nos víamos sucessivamente privados de ouvir novos documentos desta música, que parece maravilhar todos os que com ela contactam, independentemente da parte do mundo de onde vêm. As razões são tantas como as histórias, e tão puras e honestas quanto a música. Com a edição de "Troubadour", e os anos que se seguiram nesta década a transformá-lo ao vivo, dentro e fora de Portugal, tornou-se claro que Lula é cada vez mais um tesouro partilhado de todos os lusófonos de coração, fruto da sua fascinante abordagem à Canção popular global, radicada numa expressão artística singular que entretece tantas tradições de música, som e poesia. Domina um estilo seu a tocar a guitarra que nos concentra a atenção, e um trovar/trocar de línguas latinas e os seus perfumes, sotaques, inquietações e esperanças que nos envolve, transporta, e nos devolve, fazendo justiça a uma vocação abençoada para escolher, compor e justapor repertório que aprimorou ao longo do tempo.
Nas suas palavras, diz que procura uma “tradição à escala universal. Em cada esquina está uma presença divina que nos permite chegar a essa escala”. “Se questiono o fado dessa maneira é para me sentir livre, [e para] comunicar essa liberdade”. “O artista é o que consegue expandir implodindo-se a si e ao mundo”. “Fazer com que a poesia seja a divisa deste mundo. Nada mais”. Independentemente da frase que lhe ouvimos, ou de onde lhe começamos a escutar o raciocínio, é esta a sua teia de coerência, espraiada por todas as frases, gestos e dias, que temos o privilégio de escutar, na sua inteireza, na forma de música.
Este espetáculo será gravado na íntegra pela RTP.
FICHA TÉCNICA
Guitarra e voz Lula Pena
“Acorda à Tarde” é um ciclo de concertos que vai aquecer o nosso Inverno. Entre outubro e fevereiro, o Teatro da Vista Alegre acolhe oito concertos dos mais exímios músicos, virtuosos tocadores de cordas e extraordinários cantautores da atualidade. Vão ser concertos envolventes para fazer ressoar as madeiras de um dos teatros mais acolhedores da região.
Quer-se uma tarde de deleite e queremos que se sinta em casa. O desafio será trocar o habitual programa de televisão por um concerto real e intimista. Depois deixe-se ficar para dois dedos de conversa, acompanhados por chá quente e biscoitos.
De 15 em 15 dias o Teatro da Vista Alegre é a extensão da sua casa. Aproveite.
2016
DOM 16 OUT Júlio Resende
DOM 30 OUT Marco Luz
DOM 27 NOV Norberto Lobo
DOM 11 DEZ Filho da Mãe
2017
DOM 8 JAN Joana Gama
DOM 22 JAN Luís Martins
DOM 5 FEV André Barros
DOM 19 FEV Lula Pena