Buarque e Tordo cantam-no como quem avisa: “Acorda, amor”, “Acorda, Manel”. Não são cantigas de amor, são de desassossego. Acordar para fugir, acordar para cantar. O 23 Milhas não avisa, desafia: “Acorda à Tarde”. Em 2018, transformamos o ciclo em manifesto. As cordas de cinco nomes da música nacional e internacional são bastões poéticos e as suas palavras são recados destemidos que lhes saíram do miocárdio para a pauta. Não os obrigamos a ir para a rua gritar. O “Acorda à Tarde” volta a abrir a porta do Laboratório das Artes do Teatro da Vista Alegre para concertos intimistas que terminam em conversas com os artistas, acompanhadas da hibernal combinação de chá e biscoitos. Lavoisier, B Fachada, Josephine Foster, Ka Baird e Sarah McCoy têm a palavra de Midas, cantam sonhos, ideias e ideais e compõem a equipa de intervenção deste ciclo.